terça-feira, 19 de abril de 2011

Notícia: Diplomata corporativo é tendência em negócios no exterior

Oportunidades são grandes para o País, pois multinacionais brasileiras têm planos para expansão no mercado global
por Guilherme Belarmino
Iniciar negócios no exterior é uma tarefa que envolve diversos fatores culturais, políticos e de mercado, muitas vezes, desconhecidos pelos empresários. Como detalhes nessas áreas podem determinar sucesso ou fracasso para as companhias no exterior, cresce a demanda por diplomatas corporativos, profissionais úteis na fase de consolidação de negócios ou mesmo em etapas iniciais, de mapeamento de oportunidades em outros continentes. Segundo especialistas, as oportunidades são grandes para o País já que multinacionais brasileiras têm planos para expansão no mercado global no longo prazo. 
“Interação no exterior na área de vendas, na cadeia de fornecimento, no comércio B2B e, mais a mais, funções de natureza política”. São essas as principais atribuições do diplomata corporativo, segundo o professor Amâncio Oliveira, do Centro de Estudos das Negociações Internacionais (Caeni), instituto ligado à USP. De acordo com ele, é importante que o profissional nessa posição tenha uma especialização técnica e conheça o contexto mercadológico em que está inserido.
“Se ele tem MBA em Finanças, associa esse conhecimento ao curso de diplomacia corporativa para gerar expertise. A combinação é muito bem vinda. Mas, de todo modo, ele precisa conhecer quais são as técnicas: a capacidade de negociar com o estrangeiro”, explica ele, que é um dos coordenadores do curso “Internacionalização de Empresas e Diplomacia Corporativa”, que deve ser lançado em breve em parceria com a Fundação Vanzolini, idealizada e gerida por professores da Escola Politécnica da USP.



A diplomacia do risco
É fácil entender a importância do diplomata corporativo, observando a falta que ele pode fazer no momento que uma companhia decide atuar no exterior sem informações aprofundadas sobre o local. “Na gestão de risco, não é só o risco de crédito ou o tamanho do mercado que importa. Há risco político e de segurança internacional. Temas que hoje já estão ligados à noção de comércio”, diz Oliveira.
“Dentro desse quadro, o profissional tem que saber fazer análise dessa dimensão que é nova e intangível dentro do quadro do comércio internacional”, completa. O curso será dividido em quatro módulos: Gestão de Negócios Internacionais; Diplomacia Corporativa e Negociações Internacionais; Cases e Experiências; e Mercados Emergentes. As 36 horas de aula incluem simulações de atuação em Angola, Índia e China, apesar de as discussões serem pautadas por códigos internacionais.


FONTE: http://www.financialweb.com.br/noticias/index.asp?cod=46892

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