quarta-feira, 23 de março de 2011

Notícia: 31 milhões subiram de classe social em 2010

Essa notícia foi sugerida pela aluna do 3º periodo de Relações Internacionais no Centro Universitário Belas artes de São Paulo, Daniela Junqueira. Nós da ACESSO agradecemos a colaboração!




A distribuição dos brasileiros por classes socioeconômicas mudou nos últimos cinco anos. Deixou de ter o formato de pirâmide, típico de países pobres, com grande contingente de baixa renda, e passou a ser um losango, figura geométrica que se aproxima de uma distribuição socioeconômica mais equilibrada entre os estratos sociais e frequente em países desenvolvidos.
Essa é a principal constatação da 6.ª edição da pesquisa O Observador Brasil 2011, espécie de radiografia do mercado de consumo, executada pelo instituto Ipsos Public Affairs, a pedido da Cetelem BGN, do grupo financeiro francês BNP Paribas.
A mudança de formato da distribuição das classes socioeconômicas entre 2005 e 2010 ocorreu em razão do ganho de renda que levou a uma grande mobilidade social. Só no ano passado, quase 31 milhões de brasileiros ascenderam socialmente. Desse total, cerca de 19 milhões saíram das classes D/E e engrossaram a grande classe média, a classe C. E perto de 12 milhões de pessoas pularam da classe C para as classes de maior poder aquisitivo A/B.
"Eu não me surpreenderia se no ano que vem houvesse um empate entre as classes D/E e A/B em número de brasileiros", afirma o presidente da Cetelem BGN, Marcos Etchegoyen.
De acordo com a pesquisa, a classe C já representava no ano passado mais da metade (53%) da população brasileira de 191,7 milhões de pessoas. Em 2009, a fatia da classe C era de 49% e em 2005, de 34%.
Já as classes D/E responderam em 2010 por 25% da população, ante 35% no ano anterior e 51% em 2005. No sentido oposto, a participação das classes A/B está aumentando. Cinco anos atrás, elas representavam 15% da população. Esse índice subiu para 16% em 2009 e atingiu 21% no ano passado.
Renda. Outro resultado relevante da pesquisa é que em 2010 houve ganho de renda disponível para os brasileiros de todas as classes sociais e especialmente para os estratos mais pobres. A renda disponível é aquela que sobra no orçamento das famílias depois de pagas todas as despesas e é basicamente sinônimo de consumo para as classes sociais de menor renda.
No ano passado, sobraram, em média, R$ 368 por mês no orçamento das famílias, cifra 60% maior que no ano anterior. Mas foram as classes D/E que registraram os maiores ganhos de renda disponível no período. "Em 2010, a renda disponível dos mais pobres superou R$ 100", observa Miltonleise Carreiro Filho, vice-presidente da Cetelem BGN. No ano passado, a renda disponível desse estrato social atingiu R$ 104, com crescimento de 70% ante 2009.
Nas contas de Carreiro Filho, a maior renda disponível entre as camadas mais pobres equivale a um total de recursos de cerca de R$ 1,4 bilhão livre para o consumo. Ele lembra também que houve uma mudança radical na renda disponível das classes D/E ao longo dos anos. Em 2005, essa camada da população tinha renda disponível negativa em R$ 17, ou seja, a renda era insuficiente para cobrir as despesas do mês. "Faltava renda para fechar as contas", observa.
Depois dos mais pobres, as classes mais ricas, A/B, registraram a maior taxa de crescimento da renda disponível em 2010, com aumento de 46%, de R$ 680 em 2009 para R$ 991 em 2010. Já a classe média teve o menor ganho de renda disponível no período. Em 2009, a renda disponível da classe C era de R$ 204 e subiu para R$ 243 no ano passado, com acréscimo de 19%.
Otimismo
Entre 13 países pesquisados pelo BNP Paribas, o Brasil foi o mais bem avaliado pela sua população em 2010. De zero a dez, o País obteve nota 6,8 e ficou um ponto à frente da Alemanha. 



FONTE: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110323/not_imp695881,0.php

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