Boa Noite Internacionalistas, a ACESSO volta com tudo depois do carnaval cheia de novas postagens e tweets.
A postagem dessa noite foi enviada pela Beatriz Dias (@beatriz_dias) Diretora de Pesquisa da Acesso International Business e aluna do 5.º Semestre do Curso de Relações Internacionais do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Ela sugere uma leitura muito interessante, APROVEITEM!
E não se esqueçam se quiser compartilhar noticias, livros, trabalhos cientificos, experiencias internacionais, dicas, cursos... envie para acesso@belasartes.br .
Já que estamos falando de cultura iremos falar um pouco sobre literatura, e o livro escolhido é uma leitura obrigatória e não somente para nós internacionalistas, em muito por tratar de temas e conceitos como socialismo, totalitarismo, propaganda, inimigos invisiveis e a observância "Big Brother", trata-se do clássico 1984 de Eric Arthur Blair mais conhecido como George Orwell. Selecionamos uma completa sinopse que você pode ler na integra no site http://www.duplipensar.net/george-orwell/1984-orwell-resumo.html
A transformação da realidade é o tema principal de 1984. Disfarçada de democracia, a Oceania vive um totalitarismo desde que o IngSoc (o Partido) chegou ao poder sob a batuta do onipresente Grande Irmão (Big Brother).
O livro conta a história de Winston Smith, membro do partido externo, funcionário do Ministério da Verdade. A função de Winston é reescrever e alterar dados de acordo com o interesse do Partido. Nada muito diferente de um jornalista ou um historiador. Winston questiona a opressão que o Partido exercia nos cidadãos. Se alguém pensasse diferente, cometia crimidéia (crime de idéia em novilíngua) e fatalmente seria capturado pela Polícia do Pensamento e era vaporizado. Desaparecia.
Inspirado na opressão dos regimes totalitários das décadas de 30 e 40, o livro não se resume a apenas criticar o stalinismo e o nazismo, mas toda a nivelação da sociedade, a redução do indivíduo em peça para servir ao estado ou ao mercado através do controle total, incluindo o pensamento e a redução do idioma. Winstom Smith representa o cidadão-comum vigiado pelas teletelas e pelas diretrizes do Partido. Orwell escolhera este nome na soma da 'homenagem' ao primeiro-ministro Winston Churchill com o uso do sobrenome mais comum na Inglaterra. A obra-prima foi escrita no ano de 1948 e seu titúlo invertido para 1984 por pressão dos editores. A intenção de Orwell era descrever um futuro baseado nos absurdos do presente.
Algo estava errado, Winston não sabia como mas sentia e precisava extravassar. Com quem seria seguro comentar sobre suas angústias? Não tendo respostas satisfatórias, Winston compra clandestinamente um bloco e um lápis (artigos de venda proibida adquiridos num antiquário).
Para verbalizar seus sentimentos, Winston atualiza seu diário usando o canto "cego" do apartamento. Desta forma ele não recebia comentários nem era focalizado pela teletela de seu apartamento. Um membro do Partido (mesmo que externo como Winston) tinha de ter um teletela em casa, nem que fosse antiga. A primeira frase que Winston escreve é justificavel e atual: Abaixo o Big Brother!
A vida de repressão e medo nem sempre fora assim na Oceania. Antes da Terceira Guerra e do Partido chegar ao poder, Winston desfrutava uma vida normal com os seus pais.
Mesmo Winston tinha dificuldades para lembrar das recordações do passado e da vida pré-revolucionária. Os esforços da propaganda do Partido com números e duplipensamento tornavam a tarefa quase impossível já que o futuro, presente e passado eram controlados pelo Partido. O próprio ofício de Winston era transformar a realidade. No Miniver (Ministério da Verdade), ele alterava dados e jogava os originais no incinerador (Buraco da Memória) de tudo que pudesse contradizer as verdades do Partido. A função de Winston é uma crítica à fabricação da verdade pela mídia e da ascenção e queda de ídolos de acordo com alguns interesses.
Winston lembra dos "Dois minutos de ódio", parte do dia em que todos os membros do partido se reunem para ver propaganda enaltecendo as conquistas do Grande Irmão e, principalmente, direcionar o ódio contido contra os inimigos (toteísmo usado amplamente pelo ser humano: odeie o seu inimigo e se identifique com o seu semalhante).
A mentira do Partido era a prova que Winston procurava para si. Havia algo podre na Oceania. Winston, que era curioso mas não era burro, joga o papel que podia incriminá-lo no buraco da memória. Revoltado, escreve no seu diário que liberdade é poder escrever que dois mais dois são quatro, e não como lema: dois mais dois são cinco se o partido quiser.
Além do livro existem algumas versões adaptadas para o cinema entre elas a mais popular é a Nineteen Eighty-Four do diretor Michael Radford o trailer segue abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=7wCmKs0TITI (infelizmente conseguimos postar o video diretamente, mas é possivel acessar pelo link)
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